A céu aberto: seringas e agulhas usadas são despejadas próximo ao viaduto da Avenida Antônio Sales









No fim da manhã de ontem,(23/10/2009) pelo menos seis caixas de incineração de lixo hospitalar estavam abertas e reviradas nas calçadas e na pista da Via Expressa, próximo ao viaduto da Av. Antônio Sales. Segundo denúncias de moradores da área, a irregularidade vem acontecendo todas as quintas-feiras, mas ninguém sabe de onde vem o material, pois, quando amanhece, tudo já está despejado no local.

A reportagem do Diário do Nordeste encontrou seringas, algodões, esparadrapos, tubos de ensaio, soros e agulhas usados expostos a céu aberto, inclusive juntando moscas. Populares que passam pelo local reclamam do risco iminente de contaminação, mas não sabem para quem reclamar. À tarde, o material já havia sido retirado.

De acordo com Alex Mont´Alverne, titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a principal recomendação nesse caso é evitar o contato com os dejetos hospitalares. "A população jamais deve manusear qualquer objeto", orientou.

Pela quantidade de lixo que havia no local, o secretário supõe que o material seja de algum ambulatório ou laboratório clandestino. "É improvável que seja de algum hospital, porque o volume de lixo deles é muito superior a essas seis caixas jogadas uma vez na semana", explicou Mont´Alverne.

Investigação

O titular da SMS informou que vai iniciar, na Vigilância Sanitária do Município, uma investigação para apurar quem está despejando o lixo hospitalar de forma irregular no local. "É inadmissível que isso continue ocorrendo, pois, além de colocar em risco a saúde pública, essa atitude é um crime ambiental. Vamos pedir o apoio da Emlurb (Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização) para que fique atenta e faça a coleta adequada desse material. Caso seja preciso, pediremos, inclusive, o apoio da Polícia Militar para encontrarmos os culpados, que sofrerão punições".

Alex Mont´Alverne disse que o encaminhamento adequado ao lixo hospitalar é a incineração. Hospitais, clínicas e laboratórios são os únicos responsáveis por esse material. "Não é competência do serviço público recolher esses dejetos. Nos hospitais municipais, por exemplo, há duas empresas contratadas. Uma para recolher o lixo e levá-lo até o Aterro Sanitário de Caucaia. Já a outra é responsável pela incineração do material", informou o secretário.

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